21 de setembro - Sobre (de)colonialidade na formação docente brasileira na área de línguas e linguagens
Walkyria Monte Mór
Contextualizando-se na história das ideias pedagógicas brasileiras (SAVIANI 2006) e refletindo sobre a experiência de ensino forçosamente construída no período da pandemia no Brasil, a comunicação focalizará a pertinência do processo da conscientização freiriana acerca da formação docente, da educação linguística e dos letramentos críticos na universidade brasileira. Nessas reflexões, abordará estudiosos brasileiros que têm focalizado a relação colonialidade-opressor/oprimido (PENNA 2014, DOS SANTOS 2008; NETO; SANTIAGO 2016; FREIRE 1987; 1990) a partir de literatura pós-colonial / decolonial latino-americana – notadamente os trabalhos de Dussel (2005) e de Quijano (2005) – como forma de desconstrução do mito do eurocentrismo na educação brasileira e como estratégia para a reconstrução da profissão docente. Propõe, então, retomar as considerações de Luke, Woods e Weir (2013) a respeito do ‘profissionalismo’ docente, o qual prevê o desenvolvimento de agência – docente e discente, ou seja, de uma formação cidadã crítica - como um dos fatores relevantes para a vivência crítica na sociedade atual. A comunicação, portanto, retoma e atualiza o debate da Linguística Aplicada Crítica sobre a urgência nas mudanças na formação docente [e discente] brasileira.